Discretamente prostrava-se
em silêncio no lugar vazio em frente ao seu progenitor enquanto imaginava explosões
cinematográficas da sua mioleira e projectava maneiras divertidas de desmembrar
o homem gordo e careca que lhe massacrava o juízo com palavras indecentes a um
ciclo de parentalidade. Nojento nojento nojento, chama-lhe a fábrica cretina de
espermatozóides sem cuidados.
Esperava por Janeiro, quando os lobos assomassem nas
redondezas, soltaria as galinhas num piar ampliado e banharia o seu pai
recentemente morto em banhos de sangue galináceos. Finalmente sentiria o cheiro
a ligeireza projectado pelos destroços do progenitor tornados merda desfeita na
neve branca.