segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Já foi tudo dito.


Enquanto mergulho os Domingos em chávenas de chá de Junip, acomodam-se nas minhas artérias tromboses antigas, de uma melancolia enraizada, como as lágrimas indispensáveis junto ao meu pé de laranja lima ou adoçantes do gato malhado e da andorinha sinhá. Às vezes, uma certa compaixão por estar vivo, que me perdoa os erros e as falácias medianas onde recupero algum amor-próprio, esse fodilhão que enriquece psicólogos, enquanto humilha a semântica com uma denominação narcisista de baixo calibre, a relembrar as putas das ruas do porto à noite, entre asneiras e cigarros, com ares de bisavós, e os carros que param com gordos enfadados a quem a gonorreia alegra os dias.